sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Espanha 1600 - século XVI 1700 - século XVII 1800 - século XVIII


Não há consenso sobre quando surgiu efetivamente uma unidade administrativa precursora da atual
Espanha. Espanha era, até ao séc. XVII, apenas um sinônimo de Península Ibérica, não se referindo a um
país ou estado específico, mas sim ao conjunto de todo o território ibérico e dos países que nele se
incluíam. O termo começa talvez a ser utilizado como significando um estado específico depois da união
pessoal, sob o Rei Filipe, de Portugal e dos restantes reinos ibéricos, dos quais já era soberano. A partir de
1640, com a restauração da independência de Portugal, a designação Reino de Espanha manteve-se,
apesar do estado com esse nome já não englobar toda a Península.
Pré-História
Dólmen de Menga, sul da Espanha
Há fortes indícios de ocupação humana pré-histórica da península desde um passado remoto. Em 1848 foi
encontrado numa caverna do atual território britânico de Gibraltar um crânio de um homem de
Neanderthal de aproximadamente 60.000 anos. No atual território espanhol também existem pinturas
rupestres na caverna de Altamira, com cerca de 15.000 anos. Dentre os achados da era dos metais está o
dólmen de Menga e o dólmen de Viera. Por outro lado no atual território português, há 20 000 anos o
homem gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas xistosas do vale do
Côa, afluente do rio Douro, situado na região nordeste de Portugal.
A conquista da América
Ainda no período dos reis católicos, a Espanha empreendeu uma política de financiamento de explorações
marítimas, rivalizando poder com Portugal. Entre elas, a viagem de Cristóvão Colombo tornou a América
conhecida à Europa. A partir desse fato, a Espanha colonizou as terras do Novo Mundo e através de seus
conquistadores, diversos povos indígenas foram reprimidos, como as civilizações Inca, Asteca e Maia.
Para evitar disputas com outras nações européias, a Espanha firmou com Portugal através do Papa
Alexandre VI o Tratado de Tordesilhas, para definir os territórios do Novo Mundo que pertenceriam a
cada país.
A Espanha trouxe do continente americano gigantescas porções de prata e ouro. Entretanto esse modo de
exploração foi prejudicial ao país. Enquanto a economia era dependente das colônias na América, outras
atividades como o comércio não foram desenvolvidas como em outros países, por exemplo, a Inglaterra.
Isso provocou a desvalorização da moeda espanhola e diversas crises econômicas.
Dinastia Habsburgo
O Império Colonial Espanhol atingiu seu auge e declinou sob a dinastia dos Habsburgos. A Espanha
obteve sua maior extensão sob Carlos I, também intitulado Imperador Carlos V do Sacro Império
Romano-Germânico.
Após a morte de Carlos I em 1556, o extenso reino se dividiu em duas porções: o Sacro Império de um
lado; a Espanha e os Países Baixos de outra, sob o controle de Filipe II. Em 1580, com a morte de Dom
Henrique, Filipe II unifica as coroas portuguesa e espanhola sob seu poder.
A grande extensão gerou conflitos internos. Em 1640 Portugal readquire sua independência. Em 1648 o
rei Filipe IV reconhece a independência dos Países Baixos com o fim da Guerra dos Oitenta Anos. A o
domínio de Filipe V, da dinastia Bourbon, que persiste até hoje.
Período Napoleônico
Filipe V foi sucedido por Fernando VI, Carlos III e Carlos IV. No governo desse último, as tropas de
Napoleão Bonaparte invadiram o território espanhol e puseram o irmão José Bonaparte no poder. A casa
dos Bourbon foi restaurada em 1813 com a posse de Fernando VII. Nesse período de agitação interna, as
colônias espanholas na América tiveram a oportunidade de lutar por sua independência. Até 1830, a
Espanha tinha perdido a maioria de suas colônias no continente.
Governo de Fernando VII
Durante o período de 1814 a 1820, restabelece o governo absolutista dos antecessores Bourbons. Suas
medidas foram de repressão aos liberais, que pretendiam a criação uma constituição. Uma revolta
chefiada por Rafael de Riego obriga o rei a aceitar uma constituição. Esse período (o Triênio Liberal)
dura de 1820 a 1823. Nesse ano o rei promoveu um golpe de Estado e restabeleceu o absolutismo.
Guerras Carlistas
A sucessora de Fernando VII após sua morte em 1833 foi sua filha Isabel II, porém, o cunhado Carlos
Maria Isidro, auto-intitulado Carlos V reivindicava o trono. Parte do exército espanhol, liderado por
Tomás de Zumalacárregui iniciou a primeira Guerra Carlista, que durou sete anos. Carlos V é sucedido
pelo seu filho Carlos Luís de Bourbon (Carlos VI) que inicia a Segunda Guerra Carlista entre 1847 e
1860. A seqüência do poder não-efetivo dos carlistas continuou com João III e Carlos VII.
Governo Amadeu I da dinastia de Sabóia
Em 1868, Isabel II foi destronada e foi proclamada uma monarquia constitucional. Foi posto como
regente o general Serrano e, em 1870 empossaram Amadeu I da casa de Sabóia o novo rei. Envolvido
com a Terceira Guerra Carlista, iniciada em 1872 e pela insatisfação popular, Amadeu I renunciou em 11
de fevereiro de 1873.
Primeira República
Com a renúncia da Amadeu I, a população de Madri e deputados republicanos fundaram a Primeira
República Espanhola. São formadas duas correntes principais: os unitários, que preferem um estado de
controle centralizado, e os federais, que propõem uma menor centralização do poder em favor de regiões
administrativas menores.
O primeiro presidente foi Estanislao Figueiras (unitário). Em junho do mesmo ano, a assembléia
constituinte empossa Francisco Pi i Margall (federal). Rebeliões separatistas por todo o país induzem a
renúncia de Francisco Margall, que é sucedido por Nicolás Salmerón (federal), que ordena ao exército
sufocar as revoltas.
Nicolás também se demite, sendo nomeado presidente Emilio Castelar (unitário), apoiado pelos
monarquistas e contra os federais e carlistas. Por não ter maioria no parlamento, o simpatizante do
monarquismo, o general Manuel Campos y Pavía efetuou um golpe de estado. O general Francisco
Serrano assume a presidência, e após seu mandato a monarquia é restituída, assumindo Afonso XII, filho
de Isabel II.
Período de Afonso XIII
No governo de Afonso XIII, filho de Afonso XII, a Espanha passou por dificuldades políticas como o
desastre de 1898 (quando perdeu diversas colônias) e o desastre de Anual de 1921 quando perdeu numa
importante batalha contra Marrocos. Com o apoio do próprio rei, foi instalada a ditadura de Miguel Primo
de Rivera durante 1923 e 1930.
Atualidade
Já no período democrático, a Espanha tenta superar problemas internos como o terrorismo praticado pelo
grupo separatista ETA. Enquanto isso, a nação passa por uma fase de prosperidade econômica.
Fatos importantes no período democrático
 1986 - Ingresso na Comunidade Econômica Européia.
 1992 - Jogos Olímpicos de Barcelona.
 1993 - Vitória do PSOE nas eleições gerais.
 1996 - Eleições gerais: maioria relativa do Partido Popular (PP) liderado por José María Aznar.
 2000 - Eleições gerais: maioria absoluta do PP. José Maria Aznar continua à frente do governo.
 2004 - Em 11 de março, três dias antes das eleições gerais espanholas, ocorre uma serie de
atentados em Madri que mata pelo menos 190 pessoas.
 Em 14 de março ganha as eleições o PSOE, e José Luis Rodríguez Zapatero se torna presidente e
María Teresa Fernández de la Vega se torna a primeira Vice-presidente do governo espanhol.
Em 22 de maio o Príncipe Filipe se casa com a jornalista, Letizia Ortiz Rocasolano.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Colonização da Espanha parte 2

Equador:
Culturas indígenas avançadas floresceram no Equador mesmo antes de a
região ser conquistada pelo Império Inca do século XV. Em 1534, chegaram os
espanhóis que, derrotando os exércitos incas, iniciaram a colonização
europeia. Nas primeiras décadas de dominação espanhola a população
indígena foi dizimada pelo contágio de doenças às quais os nativos não eram
imunes, tempo em que os nativos também foram forçados ao trabalho para os
proprietários de terras espanhóis no sistema de trabalho de encomienda. Em
1563, a cidade de Quito foi elevada à categoria de distrito administrativo da
monarquia espanhola.
Independência
Em 1822 forças locais se organizaram e derrotaram o exército monarquista se
unindo à "Gran Colômbia", república fundada por Simón Bolívar, da qual só
veio a separar-se no dia 13 de maio de 1830. A República do Equador é um
dos três países que emergiram do colapso da "Grã-Colômbia" em 1830 (os
outros são a Colômbia e a Venezuela).
O século XIX foi marcado por instabilidades, com rápidos movimentos políticos
e institucionais. O conservador Gabriel García Moreno unificou o país nos anos
de 1860 com o apoio da Igreja católica.
Com o aumento da demanda mundial de cacau, desde o início de 1800,
produziu-se uma migração dos altiplanos em direção à fronteira agrícola da
costa do Pacífico.
Entre 1904 e 1942, o Equador perdeu territórios em uma série de conflitos com
seus vizinhos.
Em 1941, um conflito territorial entre o Equador e o Peru conduziu as partes ao
"Protocolo do Rio de Janeiro" homologado em 29 de janeiro de 1942,
estabelecendo fronteiras provisórias. O estado de guerra perdurou entre os
dois países até 26 de outubro de 1998, quando os presidentes Jamil Mahuad
(do Equador) e Alberto Fujimori (do Peru) assinaram o acordo denominado
"Ata Brasília", pelo qual o Peru concedeu um quilômetro quadrado de seu
território no lugar chamado "Tiwintza", onde 14 soldados do Equador haviam
sido sepultados.
Ambos os países assinaram ainda tratados de comércio e acordos de
navegação pelos quais o Equador tem o direito de navegação irrestrita pelo Rio
Amazonas
Peru:
Quando da chegada do povo espanhol, em 1531, o território peruano era de
domínio da civilização inca, e se centralizava em Cuzco. O Império Inca se
estendia por uma vasta região, que ia desde o norte do Equador até o centro
do Chile. Quando o conquistador espanhol Francisco Pizarro chegou à região,
procurando por riquezas incas, encontrou um império debilitado por uma
recente guerra civil. Este capturou e executou o imperador inca, Atahualpa,
durante a Batalha de Cajamarca, em 16 de novembro de 1532. Em 23 de
março de 1534, Pizarro já havia restabelecido a cidade de Cuzco, porém como
uma nova colônia espanhola.
A constituição de um governo estável foi adiada devido a revoltas dos nativos
contra conquistadores (liderados por Pizarro e Diego de Almagro). Os
espanhóis estabeleceram um sistema chamado encomienda, pelo qual
obrigavam a população local a trabalhar em seu favor, tributando-os e em troca
forneciam-lhes proteção e catequização. O título de toda a terra pertencia ao
rei da Espanha, que a arrendava aos desbravadores. Como governador do
Peru, Pizarro usou o sistema de encomienda para ganhar poderes ilimitados
sobre os nativos, formando a base social da colônia. A população indígena do
Peru era agora obrigada a criar gado, galinhas e trabalhar na plantação e
colheita das culturas agrícolas trazidas do velho mundo.
Em 1541, Pizarro foi assassinado por uma facção liderada por Diego de
Almagro (El Mozo), e a estabilidade do regime colonial foi abalada pela
subseqüente guerra civil. Em (1542) foi criado o Vice-reino do Peru,
abrangendo quase todo o domínio espanhol nas Américas; mas que acabou se
dividindo em 1717 com a criação do Vice-reino de Nova Granada e em 1776
com o surgimento do Vice-reino do Rio da Prata.
Em resposta aos conflitos internos que surgiram na província com a morte de
Pizarro, a Espanha enviou à colônia em 1544 Blasco Núñez Vela, assentado
como o primeiro vice-rei da região. Este acabou sendo assassinado pelo irmão
de Pizarro, Gonzalo Pizarro, mas logo um novo vice-rei foi colocado no poder:
Pedro de la Gasca, que conseguiu restaurar rapidamente a ordem, capturando
e executando Gonzalo.
As cidades incas foram todas rebatizadas com nomes cristãos, e reconstruídas
como vilas tipicamente espanholas, em torno de uma praça e catedral
principais como centro. Poucas cidades incas, como Cuzco, mantiveram a
maioria de suas construções nativas; enquanto outras vilas, como Huanuco
Viejo, foram abandonadas por cidades em menor altitude - mais agradáveis
aos espanhóis. A população indígena diminuiu drasticamente sob o domínio
espanhol, e embora a invasão não tenha sido uma tentativa clara de genocídio,
os resultados foram similares.
Uma vez estabelecido o Vice-reino do Peru, as grandes quantidades de ouro e
prata retirados dos Andes enriqueceram os invasores, fazendo do Peru a
principal fonte de riqueza espanhola em toda a América do Sul.
A cidade de Lima, fundada por Pizarro em 18 de janeiro de 1535 como "Cidade
dos Reis", se tornou a capital do vice-reinado. Tornou-se uma poderosa
cidade, com jurisdição sobre toda a América espanhola. Todas as riquezas
coloniais passavam por Lima, no seu caminho ao istmo do Panamá, e de lá
para Sevilha, Espanha. O resto da colônia era dependente de Lima, num
modelo que se preserva até hoje. Por volta do século XVIII, Lima havia se
tornado uma grande cidade - capital do império colonial - onde havia uma
universidade que abastecia uma elite aristocrática de conhecimento.
Todavia, durante todo este período, os nativos não foram completamente
dizimados. Só no século XVIII houve 14 grandes revoltas nativistas, das quais
as mais importantes foram a de Juan Santos Atahualpa, em 1742, e a de
Tupac Amaru em 1780.
Independência do Peru
A independência peruana foi resultado de um lento processo de
desentendimento entre a elite local (chamada elite criolla) e o Império
espanhol. José de San Martín, da Argentina, proclamou a independência
peruana em 28 de julho de 1821.
A emancipação, que como na maioria dos países, só fez mudar o domínio dos
nativos da esfera real para o controle da elite local, finalmente ocorreu em
dezembro de 1824, quando o general Antonio José de Sucre derrotou as
tropas espanholas na batalha de Ayacucho. A Espanha ainda tentou reaver
suas colônias americanas, como fizeram na batalha de Callao, mas em 1879
acabou por reconhecer a independência peruana.
Disputas territoriais
Após a independência, o Peru e alguns de seus vizinhos se engajaram em
intermitentes disputas territoriais. O maior dos desentendimentos se deu com o
Chile, resultando na guerra do Pacífico (1879-1883). Aliado à Bolívia, e com as
forças armadas em patente desvantagem em relação às forças chilenas, o
Peru acabou derrotado, perdendo a província de Arica, ao sul do país. A perda
do território e a ocupação do país pelos chilenos durante parte do conflito
deixaram marcas na sociedade peruana que permanecem até hoje.
Em 1941, devido às desavenças na formalização da fronteira com o Equador,
houve a Guerra equatoriana-peruana, aplacada pelo Protocolo do Rio. Os dois
países voltaram a travar luta numa breve guerra em 1981, e de novo se
enfrentaram na Guerra do Cenepa, em 1995. Em 1998 os governos de ambos
os países assinaram um histórico tratado de paz que demarcou claramente
seus limites.
No fim de 1999, os governos do Peru e do Chile implementaram o último artigo
litigioso do tratado de 1929 que haviam assinado
Bolívia :
Há indícios de povoadores nestas terras que remontam a mais de 12 mil anos,
desde então foi uma terra de numerosas culturas e povoações, povos, os que
têm habitado aqui, habitados, sobretudo nas zonas altas dos Andes. A cultura
Tiwanaku ou a Wari são alguns dos mais destacados anteriores aos Incas. A
primeira dela estabeleceu-se à volta do Lago Titicaca.
No século XV e XVI, em pleno esplendor da cultura Inca, chegaram os
espanhóis a este região, Diego de Almagro foi o primeiro europeu a chegar a
esta região, por volta do ano de 1537, depois de ter passado pelo Peru,
chegou à Bolívia. Nestes primeiros anos de colonização fundaram-se as
cidades de Collasuyo, originalmente Collao; Sucre, conhecida originalmente
como Chuquisaca, ou Potosí, La Paz e Cochabamba. Três cidades que foram
fundadas neste Século XVI juntamente com outras mencionadas
a n t e r i o r m e n t e .
Os primeiros anos de colonização basearam-se na exploração agrícola da
região, a cidade mais povoada naqueles inícios pós-colombianos foi Potosí,
não sendo em vão que possuía 130 mil habitantes no Século XVI e era uma
das cidades mais povoadas da América do Sul. A exploração mineira e
agrícola seguia em frente sendo uma importante fonte de rendimentos, até a
chegada do Século XVIII, século em que as mesmas se estancam. Já no
século XIX começam as primeiras sublevações, Chuquisaca e La Paz foram as
primeiras delas, e o resultado foi que em 1825 foi declarada a Independência
da República de Bolívar.
Os primeiros anos depois da independência tão pouco foram fáceis, nestes
tempos a revoltas foram-se sucedendo, as guerras civis, revoluções e conflitos
marcaram estes inícios, alianças com o Peru, guerras com o Chile e Argentina,
era um momento de conflitos. No final do Século XIX a Bolívia perdeu a favor
do Chile, o deserto de Atacama, depois da Guerra do Pacífico com o Chile, o
que também propiciou a perda da saída para o mar da Bolívia, quedando-se
por um país de interior, somente .
Em 1904 a paz veio para ficar e a Bolívia, que ficou sem uma saída para o
mar, ficou com uma licença especial para poder usar o Porto Natural, a saída
para o mar do Chile. Mas não foi esse o único problema da Bolívia, pois
também perdeu para o Brasil uma boa parte do seu terreno, assim como para
a Argentina e o Paraguai .
A meados do Século XIX a Bolívia viveu a sua revolução, em concreto em
1951, antes de umas eleições nas quais não podia haver um vencedor, os
militares tomaram conta do poder, pelo que nos anos 60 chegou à crise
econômica, a ditadura militar continuou até princípios dos anos 80, quando a
democracia voltou a estas terras .
Hoje em dia, a Bolívia é um estado democrático com um Presidente, no qual
os seus três poderes estão divididos, regendo-se pela sua constituição de
1967.
Chile
O território atual do Chile, o menos povoado de todo o continente americano,
foi habitado por diversos grupos indígenas antes da chegada espanhola. No
início, estes estavam organizados em grupos tribais nômades, o que se
conhece por sociedade primitiva, evoluindo logo após sua chegada para
sociedades aldeãs sedentárias. Os restos arqueológicos mais antigos do país
foram encontrados em Monteverde, próximo a Puerto Montt e datam de cerca
de 10.500 ac. Alguns restos encontrados na cova Fell, um sítio arqueológico na
Terra do Fogo (região mais austral do país), indicam que a presença humana
remonta de cerca de 7.000 a.C..
As mudanças climáticas do 6º milênio antes de Cristo alteraram drasticamente
os costumes dos paleoindígenas chilenos que tiveram que se adaptar a um
novo contratempo: a formação do deserto de Atacama, ocasionando o
desaparecimento de muitas espécies, e o oceano Pacífico delimitando as
atuais costas marítimas. Estes indígenas tiveram que se adaptar a um clima
muito mais quente do que estavam acostumados, motivo pelo qual muitos se
deslocaram do norte para o litoral e o vale central. Assim, se formaram os
principais grupos indígenos chilenos: atacamenses e aimaras na porção mais
setentrional; diaguitas um pouco mais ao sul; os changos na costa setentrional;
a grande família dos mapuches no vale central até o seno de Reloncaví e os
tehuelches, chonos, alacalufes, onas e yámanas na Patagônia.
De alguns milhares de paleoíndios existentes em VII a. C., a população
aumentou até cerca de 1.200.00 indígenas no século XV. Durante o século XV
a cultura dos povos indígenas foi influenciada pela expansão do império Inca
sobre o norte do atual território chileno, iniciando com o Sapa (Imperador) Inca
Pachacútec, e foi culminada sob a direção dos Sapas Incas Túpac Yupanqui e
Huayna Cápac. Estes últimos avançaram até o sul subjugando a povos
aimaras, atacamenses, diaguitas e picunches; não conseguindo derrotar as
tribos mapuches, estabeleceram finalmente a fronteira meridional do Império
Inca ao norte do rio Maule.
Argentina
A Argentina, oficialmente República Argentina, é um estado soberano
localizado no extremo sul da América do Sul. Seu território está dividido em 23
províncias e uma cidade autônoma, Buenos Aires, capital da nação e sede do
governo federal.[5] Seus quarenta milhões de habitantes dividem bons índices
de desenvolvimento humano, renda per capita, nível de crescimento
econômico e qualidade de vida, que se encontram entre os mais altos da
América Latina.[6] Segundo o Banco Mundial, seu Produto Interno Bruto é o
trigésimo mais importante do mundo,[7] mas, considerando o poder aquisitivo,
seu PIB total transforma coloca do país na 23ª economia mundial.[8][9] Em
2010, a Argentina foi considerada com um país de médio-alto rendimento,[10]
ou como um mercado emergente, também pelo Banco Mundial.[11][12]
Sua área é 2 780 400 quilômetros quadrados, sendo o segundo país mais
extenso da América Latina (atrás apenas do Brasil), o quarto do continente
americano e o oitavo do mundo, considerando somente a sua superfície
continental sujeita à sua soberania efetiva. Se fossem consideradas as Ilhas
Malvinas, Geórgia do Sul, Sandwich do Sul e Aurora (Territórios Britânicos de
Ultramar reivindicados por Argentina), mais a área antártica reclamada ao sul
do paralelo 60° S, denominada Antártida Argentina (que incluem as islas
Orcadas do Sul e Shetland do Sul), a superfície total se elevaria a
3 761 274 km², convertendo-se no sétimo maior país do mundo.[1] Entretanto,
estas reclamações foram afetadas pelo Tratado da Antártida, sendo que sua
assinatura constitua uma renúncia.
Seu territorial continental americano, que abrange grande parte do Cone Sul,
limita ao norte com a Bolívia e o Paraguai, a nordeste com o Brasil, a leste com
o Uruguai e o Oceano Atlântico, e a sul e oeste com o Chile.
O mesmo se encontra posicionado fundamentalmente na costa atlântica do
Cone Sul, ainda que possua dois dos breves setores pertencentes ao Oceano
Pacífico sul: a pequena cunha ao sul da província de Santa Cruz, formada
entre a Punta Dungeness, o Cabo Vírgenes e o Cabo do Espírito Santo; e, de
forma mais extensa, nas águas, costas e ilhas da porção argentina do Estreito
de Beagle, a sudeste da Terra do Fogo.[13]
Em 25 de maio de 1810 foi deposto o último vice-rei espanhol que governou
Buenos Aires, organizando a Primeira Junta, até que em 9 de julho de 1816 foi
proclamada a sua declaração de independência em Tucuman, como estado
livre e soberano
Os primeiros europeus chegaram à região com a expedição de Américo
Vespúcio, que contornou a entrada do Rio da Prata em 1502. Posteriormente,
o navegador espanhol Juan Díaz de Solís, em busca de uma passagem para o
Oceano Pacífico, descobriu o Rio da Prata em 1516, e ao desembarcar no
atual território do Uruguai foi atacado e morto pelos charruas. Os sobreviventes
embarcaram novamente até a Espanha, mas muitos destes naufragaram e se
refugiaram na Ilha de Santa Catarina, atual Florianópolis.
Em 1534 a parte norte da atual Argentina foi entregue a Pedro de Mendoza; a
região que vai do Estreito de Magalhães até o Pólo Sul passava a ser
outorgada a Pedro Sarmiento de Gamboa. Mendoza chegou ao Rio da Prata
em 1536 e fundou o Porto de Santa María del Buen Ayre, em honra à virgem
de Bonaria, da cidade de Cagliari, patrona dos navegantes.
Em 1609 foi fundada a primeira das Missões jesuítas guaranis. As trinta
missões chegaram a ser, no século XVIII, um verdadeiro empório comercial,
um "estado dentro do Estado", como denominavam seus detratores, que se
estabeleceu como um sistema de organização econômica e social distinto ao
das colônias que as rodeavam. Visto o respeito com que os jesuítas tiveram
pela organização social comunitária dos guaranis, conseguiu-se que as
missões tivessem a base do seu crescimento. Em 1767 a Espanha expulsa a
Companhia de Jesus de suas possessões, passando os povos índios a
depender dos governadores civis espanhóis, que os exploraram à revelia, até
ao ponto em que no princípio do século XIX quase todas as missões estavam
despovoadas e em ruínas.
Bairro Jesuíta e Estâncias de Córdoba.
A sociedade colonial apresentou aspectos dissonantes de acordo com a
região. No interior, determinou-se uma sociedade de castas fortemente
diferenciadas: os fazendeiros brancos eram o topo social e centralizados do
poder nas cidades; eram educados e refinados, enquanto os campesinos
mestiços estavam em condições quase servis. A população negra era muito
escassa, reduzida quase em sua totalidade ao serviço doméstico, salvo em
cidades mais mercantis como Córdoba.
A repressão dos indígenas nos vales Calchaquies, a entrega em mita de
muitos deles para trabalhar nas minas de Potosí, o processo de mestiçagem e
a grande aculturação fizeram que as encomiendas dessem lugar a um
campesinato relativamente livre. Na segunda metade do século XVI, tanto o
Alto Peru e Tucumán como o Paraguai exigiam a criação de um porto no
[[Atlântico Sul] para poder estabelecer laços de comércio mais próximos com a
Espanha e diminuir seu isolamento. É por estes motivos — e pela ameaça de
incursões estrangeiras no Rio da Prata — que a Coroa Espanhola autoriza a
segunda fundação de Buenos Aires. Desde então a cidade se converteu na
saída natural dos produtos altoperuanos (entre eles a prata) e do Paraguai.
Estabeleceu-se então, na década de 1580, um lucrativo comércio entre
Tucumán e o Brasil através da cidade.

Colonização da Espanha



A conquista da América e a sua posterior colonização foi um
empreendimento gigantesco, que sem dúvida alguma mudou os
rumos da civilização ocidental. Esta obra, cujas marcas principais estão
diretamente relacionadas à expansão marítima e comercial levada a cabo
pelos países ibéricos (Portugal e Espanha) no final do século XV, realizou-se
com a perda de milhões de vidas e o extermínio completo de muitas
civilizações indígenas.
Se por um lado o Novo Mundo representava um eldorado de oportunidades
para europeus ávidos por riquezas e metais preciosos (ouro, prata e cobre),
por outro ele se transformou num verdadeiro inferno e numa dolorosa provação
para aqueles que se submeteram pela força, ao jugo dominador das nações
européias, notadamente da Espanha.
A colonização efetiva do continente americano pelos espanhóis começou em
1493, quando Cristóvão Colombo (um ano depois de ter aportado na ilha de
Espanhola, atual Santo Domingo, capital da República Dominicana) fundou a
colônia de Natividade. A partir daí, iniciou-se de modo irreversível o embrião
daquele que se transformaria num dos maiores impérios do mundo: O Império
Espanhol na América.
Após alguns contatos amistosos no início da colonização, a relação entre
espanhóis e gentios da terra sofreu uma transformação que, caracterizou por
assim dizer, o tipo e a mentalidade colonizadora desenvolvida pela Espanha. A
busca por riquezas e a conversão dos índios ao cristianismo foram, entre
outros fatores, as bases motivadoras do projeto colonial em território
americano.
O segundo objetivo era constantemente utilizado para mascarar o primeiro e
em busca deste, inúmeras atrocidades foram cometidas contra os povos
dominados. A cruel matança de indígenas, bem como a ganância e a sede
espanhola por metais preciosos, foi muito bem retratada por Frei Bartolomeu
de Lãs Casas (testemunha ocular de tais acontecimentos), que jamais ficou
calado diante do tratamento desumano dispensado pelos colonizadores aos
povos nativos:
“A causa pela qual os espanhóis destruíram tal infinidade de almas foi
unicamente não terem outra finalidade última senão o ouro, para enriquecer
em pouco tempo, subindo de um salto a posições que absolutamente não
convinham a suas pessoas. Enfim não foi senão a sua avareza que causou a
perda desses povos e quando os índios acreditaram encontrar algum
acolhimento favorável entre esses bárbaros, viram-se tratados pior que os
animais e como se fossem menos ainda que o excremento das ruas; e assim
morreram sem fé e sem sacramentos, tantos milhões de pessoas”. (Las Casas,
2001, p. 32).
Uma opinião diferente daquela manifestada por Las Casas nos é fornecida por
Vicente Tapajós em seu livro História da América. Este autor, ao abordar as
fases iniciais da conquista e da colonização praticamente não toca no
morticínio praticado pelos espanhóis contra os povos nativos, e quando o faz,
utiliza-se de uma linguagem depreciativa para com os indígenas. Em alguns
pontos a sua visão eurocêntrica da conquista fica evidente, vamos a eles:
“A fim de proteger-se e evitar a reação dos “Incas”, Pizarro aclamou sucessor
do “Imperador”, o terceiro filho de Usina Capac, chamado Toparca, e com a
proteção dele entrou em Cuzco, capital do Império. atitude dos espanhóis
acabou por provocar a revolta dos selvagens, abafada pelos conquistadores”.
(Tapajós, 1968, p. 83).
Ao invés de abordar a colonização pelo viés do extermínio indígena (como o
fez Las Casas), Tapajós preferiu defender a tese de que os primeiros
momentos na América foram de pouca paz devido a divergências existentes
entre os próprios colonizadores, bem como causados por desacertos ocorridos
no processo de administração das terras conquistadas. Isso fica claro na
seguinte passagem:
“Colombo errou desde o princípio como administrador. Um de seus primeiros
erros foi à nomeação de seu irmão, Diego, para substituí-lo, enquanto se
punha numa expedição exploradora. Ao voltar encontrou-se situação difícil de
resolver-se”. (Tapajós, 1968, p. 77).
Outro autor J.H. Elliot, aborda de forma crítica tanto os erros administrativos da
família Colombo, bem como o extermínio dos nativos pela crueldade, pela
fome, pelo trabalho forçado e pelos maus tratos a que os mesmos eram
submetidos:
“A família de Colombo que tinha jurisdição sobre as ilhas, revelou-se não estar
a altura da tarefa. Na qualidade de genoveses adventícios, começaram em
desvantagem natural, e por temperamento nem o almirante, nem seus irmãos,
estavam preparados para lidar com a indisciplina endêmica de um bando de
espanhóis, cujo único pensamento era a riqueza fácil”. (Elliot in Bethel (org),
1998. p. 150).
Quanto aos indígenas, de acordo com Elliot:
“O estabelecimento formal do trabalho forçado para a população nativa,
apenas precipitou um processo que já estava tornando-se catastrófico - a sua
total extinção”. (Elliot in Bethel (org) 1998, p. 153).
Percebe-se que há uma concordância entre Las Casas e Elliot no que se
refere ao mau tratamento dispensado pelos colonizadores espanhóis aos
gentios da terra. Entretanto Las Casas é mais enfático em suas críticas, que
muitas das vezes assumem um tom de denúncia acalorada:
“ (...) os espanhóis entravam nas vilas, burgos e aldeias não poupando nem
crianças e velhos, nem mulheres grávidas e parturientes e lhes abriam o ventre
e faziam em pedaços (...). Sempre matando, incendiando, queimando, torrando
índios e lançando-os aos cães (...) e assassinaram tantas nações que muitos
idiomas chegaram a desaparecer por não haver ficado quem os falasse (...) e,
no entanto ali teriam podido viver como num paraíso terrestre, se disso não
tivessem sido indignos...”. (Las Casas, 2001, ps. 34, 42, 80, 81 e 106).
Não acostumados ao modo de vida dos europeus que baseava-se numa
existência sedentária, os indígenas simplesmente tendiam a não suportar
tamanha diferença entre uma cultura e outra.
Dessa forma, o choque entre ambas tornou-se inevitável e a reação indígena
assumiu as mais variadas formas: hostilidade, guerra, suicídios em massa,
movimentos de resistência religiosa, etc. Referindo-se a extinção quase que
completa da população nativa da ilha de Espanhola, Elliot nos dá um exemplo
extremamente lúcido do que representou para os indígenas, o contato com os
espanhóis:
“Em vinte anos, desde o desembarque de Colombo, a população dessa ilha
densamente habitada havia sido quase varrida pela guerra, pelas doenças,
pelos maus tratos e pelo trauma resultante dos esforços dos invasores para
obrigá-la a aceitar modos de vida e comportamento totalmente desvinculados
de sua experiência anterior”. (Elliot in Bethel (org), 1998, p. 153).
Mas quais foram os motivos (além é claro da obsessão por riquezas e metais
preciosos) que levaram os espanhóis a adotar um comportamento bárbaro e
cruel em relação aos povos nativos? Para se entender tal cenário, é preciso
voltar um pouco no tempo, recuando por intermédio do mesmo até os
primórdios da colonização espanhola na América.
A chegada de Cristóvão Colombo a este continente ocorreu em 1492, no
mesmo ano em que mouros e judeus haviam sido definitivamente expulsos da
Espanha. Este país passava nesta época por um período de transição política,
através da unificação dos reinos de Aragão e Castela, fato que se deu após o
casamento dos reis católicos Fernando e Isabel.
Por outro lado, todas essas novidades faziam com que a Espanha, em sua
gênese como país unificado, sofresse um processo de acomodação de forças
e de adaptação a uma situação inusitada, que o destino havia lhe
proporcionado.
Guiada desde o início pela busca de riquezas, a política colonial espanhola
inseria-se perfeitamente dentro dos conceitos mercantilistas que dominavam a
economia européia no período da expansão ultramarina. Por sua vez, o
princípio do metalismo (que estabelecia que a riqueza de uma nação fosse
medida pela quantidade de ouro e prata que a mesma possuía), aliado ao
bulhonismo (que defendia a tese de que os países necessitavam ter uma
balança comercial favorável), deu origem ao modelo econômico que moldou a
configuração político-administrativa da Espanha em relação ao seu Império
Colonial Americano.
Tão logo foram descobertas as minas de ouro e prata no Peru e no México, a
coroa espanhola começou a explorá-las, utilizando-se para isso da
mão-de-obra indígena. A partir daí, foi organizado um vasto sistema de
exploração econômica, que baseava-se na servidão e na escravidão dos
gentios da terra.
O trabalho forçado mostrou-se prejudicial aos índios, uma vez que os mesmos
não estavam acostumados a uma existência calcada no trabalho sistemático e
no sedentarismo imposto pelos europeus. Some-se a isso as doenças típicas
do homem branco, o sadismo e o instinto bestial dos colonizadores e o
resultado obtido foi à morte incontida de milhões de indígenas, bem como o
desaparecimento completo de muitas civilizações.
Tem razão Frei Bartolomé de Las Casas, ao afirmar que a história da
conquista e colonização da América, foi uma obra escrita com sangue.
Comportando-se como verdadeiros tiranos, os espanhóis cegos pela cobiça e
pela avareza, não mediram esforços para alcançar os seus objetivos coloniais.
A conta dessa sanha conquistadora foi paga pelos pobres nativos com o
ceifamento precoce de suas vidas. Entretanto, para os colonizadores isso não
possuía a menor importância, pois uma vez que os seus intentos, mesmo os
mais espúrios, fossem plenamente satisfeitos, as demais coisas em nada lhes
interessavam.
Autores
Marco Aurélio de Souza Lombardi
Joander Alves de Castro Silva
BIBLIOGRAFIA
ELLIOT, J. H.. A conquista Espanhola e a Colonização da América. In:
BETHEL, Leslie. (org). América Latina Colonial. Volume I e II. São Paulo:
Edusp, 1998.
LAS CASAS, Frei Bartolomé de. O Paraíso Destruído. A Sangrenta História da
Conquista da América. Porto Alegre: L&PM Pocket/Descobertas, 2001.
México:
O México foi uma das regiões do Novo Mundo onde muitas civilizações se
desenvolveram, como a Maia e a Asteca. Mas, com a conquista espanhola, a
população indígena reduziu-se de 21 milhões, em 1519, para 1 milhão, em
1607. Em 1810 tiveram início os primeiros movimentos contra o colonialismo
opressivo e a favor da independência. Rapidamente o movimento
independentista se tornou numa guerra de guerrilha. Em 1823, uma rebelião
militar forçou os colonizadores a abandonarem o país e a República do México
foi proclamada. Em 1824 foi adaptada a Constituição, baseada no modelo
norte-americano. Nesse ano Manuel Félix Fernández, mais conhecido por
Guadalupe Victoria, foi eleito o primeiro presidente do país, mas, em 1833,
uma revolta liberal colocou no poder Antonio López de Santa Anna.
Guatemala:
Do século IV ao século XI, as terras baixas da região de Péten foram o
coração da florescente civilização Maia. Depois do colapso dos estados das
terras baixas, os estados Maias do altiplano central continuaram existindo mais
ou menos organizados. Embora os conquistadores espanhóis tenham chegado
à região em 1523, houve uma feroz resistência das cidades-estado maias e a
última só foi efetivamente conquistada em 1697.
A Guatemala, até 1821, foi uma colônia da Espanha. Durante a segunda
metade do Século XX experimentou uma variedade de governos militares e
civis, sendo uma dessas de Jacobo Arbenz - que fora retirado do poder por
ameaçar fazer reforma agrária em terras da United Fruit Company; desse
modo sofreu um golpe com intervenção estadunidense, em 1953, colocando
um ponto final na política de Boa Vizinhança, caracterizada pelo governo
Roosevelt, bem como uma guerra civil que durou 36 anos. Em 1996, o governo
assinou um acordo da paz terminando formalmente com o conflito, que levou à
morte de mais de cem mil pessoas e tinha criado um milhão de refugiados.
Cuba:
O domínio espanhol sobre Cuba durou quatro séculos. No dia 10 de dezembro
de 1898 a Espanha, após ter sido derrotada pela invasão americana a Cuba,
assinou com os Estados Unidos o Tratado de Paris que põe fim à dominação
espanhola na ilha. No dia 1º de Janeiro do ano seguinte, os Estados Unidos
estabeleceram um governo militar na ilha.
Durante quase quatro anos os Estados Unidos mantiveram a ocupação da ilha
através de um governo militar.
No dia 20 de maio de 1902 foi proclamada a República em Cuba, mas o
governo norte-americano, em 1901, tinha convencido a Assembléia
Constituinte cubana a incorporar um apêndice à Constituição da República, a
Emenda Platt, pela qual se concedia aos Estados Unidos o direito de intervir
nos assuntos internos da nova república, negando à ilha, bem como à vizinha
ilha de Porto Rico, a condição jurídica de nação soberana, o que limitaria sua
soberania e independência por 58 anos.
No dia 1 de Janeiro de 1959 o Exército Rebelde dirigido pelo seu Comandante
e chefe, Fidel Castro, derrota o governo que governava o país. É a partir desse
momento que Cuba obtêm sua total e definitiva independência em relação aos
EUA.
Atualmente, a República Socialista de Cuba é único país socialista do
Ocidente, e um dos poucos países do mundo, como a República Popular da
China, República Popular Democrática da Coréia, a República Socialista do
Vietnã e o Laos.
Costa Rica:
A Costa Rica foi descoberta e, provavelmente, batizada por Cristóvão
Colombo, em sua quarta viagem à América, em 1502. Havia na região cerca
de trinta mil indígenas, divididos em três grupos: güetares, chorotegas e
borucas. Encontrados os primeiros indícios de ouro, usado em ornamentos
indígenas, os espanhóis planejaram um núcleo de colonização sob o comando
de Bartolomé Colombo, irmão do descobridor. Expulsos logo a seguir pelos
indígenas, só conquistaram a região em 1530. Antes de tornar-se província da
capitania-geral da Guatemala, em 1540, Costa Rica chamava-se Nova
Cartago. Os limites demarcatórios foram fixados entre 1560 e 1573.
A Costa Rica tornou-se independente em 15 de setembro de 1821 e três anos
depois uniu-se, por pouco tempo, ao México. Em 1824 passou a integrar a
Federação Centro-Americana, dissolvida em 1838. Nessa época teve início a
exportação de café para a Europa, e San José viveu um período de intenso
crescimento e prosperidade. Durante a administração do general Tomás
Guardia, que governou despoticamente o país entre 1870 e 1882, a Costa Rica
atingiu notável desenvolvimento econômico. Incrementou-se o comércio de
açúcar e café, construíram-se ferrovias e abriram-se portos para escoar a
produção. As plantações de banana, controladas a partir de 1899 pela United
Fruit Co., passaram a rivalizar em importância econômica com as de
cana-de-açúcar e café. Em 1890 tornou-se presidente José Joaquín
Rodríguez; sua eleição foi considerada a primeira inteiramente livre e sem
fraudes na América Latina e inaugurou uma tradição de democracia na Costa
Rica.
Venezuela:
A Venezuela, oficialmente República Bolivariana da Venezuela (em
espanhol: República Bolivariana de Venezuela), é um país tropical, na costa
norte da América do Sul. O país possui várias ilhas fora de seu território
continental situadas fora em sua costa no Mar do Caribe. A república é uma
antiga colônia espanhola que conquistou a sua independência em 1821.
A Venezuela tem fronteiras com a Guiana a leste, com o Brasil ao sul e com a
Colômbia a o oeste. Os países Trinidad e Tobago, Granada, St. Lucia,
Barbados, Curaçao, Bonaire, Aruba e São Vicente e Granadinas estão à norte,
ao largo da costa venezuelana. Sua área territorial é de 916.445 quilômetros
quadrados, com uma população estimada em 26.414.816 habitantes. Sua
capital é Caracas. As cores da bandeira venezuelana são o amarelo, azul e
vermelho, nessa ordem: o amarelo representa a riqueza da terra, o azul o mar
e o céu do país, e o vermelho o sangue derramado pelos heróis da
independência.[2]
Venezuela tem disputas territoriais com a Guiana (ex-colônia do Reino Unido),
principalmente sobre a área de Essequibo, e com a Colômbia sobre o Golfo da
Venezuela. Em 1895, após anos de tentativas diplomáticas para resolver a
disputa fronteiriça na Venezuela, a disputa sobre a fronteira do rio Essequibo
deflagrou-se e então foi submetida a uma comissão "neutra" (composta por
representantes do Reino Unido, Estados Unidos e da Rússia e sem
representante direto da Venezuela), que, em 1899, decidiu-se contra a
reivindicação territorial da Venezuela.[3] A Venezuela é amplamente conhecido
pela sua indústria de petróleo, pela diversidade ambiental do seu território e
por seus recursos naturais. A nação é considerada um dos 17 países
megadiversos do mundo,[4] com uma fauna diversificada e uma grande
variedade de habitats protegidos.
A Venezuela está entre os países mais urbanizados da América Latina;[5][6] a
grande maioria dos venezuelanos vivem nas cidades do norte, especialmente
na capital Caracas, que é também o maior da cidade do país. Outras cidades
importantes incluem Maracaibo, Valência, Maracay, Barquisimeto, Mérida,
Barcelona-Puerto La Cruz e Ciudad Guayana.


segunda-feira, 22 de novembro de 2010


Curiosidades 

Saiba mais sobre o hábito dos espanhóis de tirar uma sonequinha após o almoço e também sobre o carnaval na Espanha 
carnaval.jpg
Saudades do Carnaval?
No final de fevereiro a Espanha  também tem o carnaval. Em Santa Cruz do Tenerife, a festa de carnaval espanhola segue os mesmos moldes do carnaval do Rio de Janeiro.
Há festas famosas também em Cádiz, e embora seja diferente do carnaval brasileiro, não deixa de ser uma boa oportunidade para matar saudades de casa e se divertir!
Siesta
Nas cidades do interior da Espanha, é comum no horário do almoço encontrar o comércio local fechado por um período médio de duas horas. Isto ocorre por que os nativos têm o hábito de dormir após a refeição.
Por incrível que pareça eles vão para casa, vestem seus pijamas, ligam o despertador e dormem por pelo menos uma hora e então retornam a suas atividades 
Qualquer semelhança com nossa Bahia de todos os santos é mera coincidência...!

Econômia

A Espanha é a oitava maior economia do mundo e a quinta maior na europa. Sua renda per capita gira em torno de 33.700 dólares por ano, o que a deixa na frente da Itália e a par da renda per capita de países como a França ou Japão.
O país foi um dos que apoiou fortemente a adoção de uma moeda única para a Europa. Ele experimenta um crescimento acima da média dos países da União Européia. É esperado que essa tendência permaneça, pois suas relações comerciais com países da América Latina e Ásia têm aumentado significativamente.
O turismo rende ao país cerca de 40 bilhões de euros, o que lhe rende o segundo lugar do mundo na indústria turística. A construção civil também representa boa parte dos ganhos, abocanhando 16% do seu PIB e 12% das vagas de emprego.
Tudo isso se deve às políticas iniciadas em 1960, que deram destaque aos projetos de infra-estrutura e turismo. Essa estratégia ficou mais conhecida como o "Milagre Espanhol".
A Espanha é um dos principais países exportadores de automóveis. Outras grandes atividades econômicas são a indústria de calçados, construção naval, siderurgia, indústrias químicas e têxteis. O cultivo agropecuário ocupa cerca de 54% das terras do país. Os principais produtos agrícolas são as uvas e os pomelos. A produção de vinho e de azeite têm expressiva importância, bem como a pesca. Os espanhóis dizem que seu país possui a maior frota pesqueira do mundo.
Politica
A Espanha possui a forma de monarquia parlamentarista, porque seu poder legislativo, que é representado pelas Cortes Gerais, exerce a maior parte da responsabilidade legislativa e de governo. A seguir, falaremos um pouco sobre a monarquia presente no país e nos seus três poderes.

Monarquia

O Rei pode dissolver as Cortes se não houver um critério uniforme de governo. Se isso acontecer, convocam-se novas eleições. Sendo a Espanha um Reino, o rei é o seu Chefe de Estado, símbolo da unidade e permanência no país. Ele arbitra e modera o funcionamento adequado das instituições democráticas, assume a mais alta representação do Estado Espanhol nas relações internacionais, especialmente com as nações da sua comunidade histórica, e exerce as funções que lhe atribuem expressamente a Constituição e as leis. O tipo de monarquia utilizado é a monarquia hereditária, em que o sucessor só pode ser aclamado quando o predecessor falece ou quando este resigna ao trono.

Poder Legislativo 

O poder é composto pelo Congresso de Deputados, com 350 membros, eleitos pelo voto popular, com mandato de 4 anos, e o Senado, com 259 cadeiras, das quais 208 são diretamente eleitas pelo povo e 51 indicados pelos legisladores regionais. O mandato também é de 4 anos.

Poder Executivo

O poder executivo é exercido pelo Conselho de Ministros. É chefiado pelo Primeiro-Ministro, que é nomeado pelo Rei, e confirmado por uma votação da câmara baixa do parlamento, o Congresso de Deputados. Depois de ter sido nomeado, o candidato deve obter a maioria dos votos da câmara baixa. O Primeiro-Ministro nomeia o resto dos membros do Conselho, que são nomeados pelo Rei. O Primeiro-Ministro também pode designar vários vice-presidentes.

Poder Judiciário

O poder judiciário da Espanha é exercido por profissionais, Juízes e Magistrados, e composto por diferentes tribunais. Dependendo da ordem e do tipo de julgamento, a última instância da jurisdição na estrutura judicial do país é o Supremo Tribunal. O papel do judiciário é controlado pelo Conselho Geral do Poder Judiciário da Espanha.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Independência da América Espanhola


  1. A independência  das colônias  americanas  da Espanha . Desde o final do século XVIII o Iluminismo teve forte penetração na América. · Apesar de várias mudanças na Europa, a elite colonial permaneceu no poder das colônias americanas. · Seguindo ideais da Independência do EUA, pois mantinha a escravidão mesmo após a independência, diferentemente da Revolução Francesa, a elite criolla americana iniciou o processo de independência, porém garantindo que não haveria muitas mudanças no sistema de governo. · Criollos era a comunidade que representava a elite da sociedade colonial da América Espanhola. · O pacto colonial mantinha os criollos unidos aos colonizadores que impediam o avanço de rebeliões. Da guerra civil ao  rompimento  com a metrópole.   Quando a Espanha foi dominada pelas tropas francesas de Bonaparte tornou-se mais fácil iniciar o movimento pela independência da América Espanhola, quando os criollos se uniram a este movimento. · A primeira fase do processo de independência foi uma guerra civil entre colonos que durou de 1810 a 1814 – a Inglaterra, adversária de Bonaparte, apoiou os colonos. · Napoleão Bonaparte foi derrotado pela Inglaterra na Europa, mas ainda assim os ingleses permaneceram ao lado dos americanos que contaram ainda com apoio dos EUA – esta foi a Segunda Fase, de 1815 a 1824. · A América iniciou o processo de independência. O movimento  da independência da América espanhola . Miguel Hidalgo y Costila: padre que liderou em 1810 um movimento popular radical com ideais iluministas. Lutava pela abolição dos tributos indígenas e da escravidão. O alto clero espanhol o excomungou da Igreja em 1811. Hidalgo foi preso e fuzilado. · José Maria Morelos y Pavón: declarava como inimigos todos os membros da elite, os ricos e nobres, continuando o movimento popular de Hidalgo. Também era padre e em 1815 acabou preso e executado. · Augustín Iturbide: foi nomeado pela Espanha para combater o movimento pela independência liderado por Vicente Guerreiro. Iturbide se converteu aos emancipacionistas e fez um acordo com os rebeldes, o Plano Iguala em 1821, determinando a libertação da região do México. · Manuel Belgrano e San Martín: eram membros da elite criolla e, após várias vitórias militares, declararam no Congresso de Tucumã a independência da Argentina. · San Martín e Bernardo O’Higgins: Após a independência da Argentina San Martín se uniu ao outro criolloO’Higgins e partiu pela libertação do Chile. Depois foram em direção do Peru que tinha sua elite resistindo a independência por temerem as mudanças sugeridas por Túpac Amaru II. · Simon Bolívar: garantiu apoio da Inglaterra e dos EUA conseguindo libertar a Venezuela, a Colômbia e o Equador. Após, se dirigiu ao Peru e se uniu às tropas de San Martin que havia se afastado por perder o prestígio de liderança, quando Bolívar garantiu a independência do Peru. Garantiu apoio do general José Suere e proclamou a independência da Bolívia.
                                


    http://pt.shvoong.com/social-sciences/1750904-independ%C3%AAncia-da-am%C3%A9rica-espanhola/