Equador:
Culturas indígenas avançadas floresceram no Equador mesmo antes de a
região ser conquistada pelo Império Inca do século XV. Em 1534, chegaram os
espanhóis que, derrotando os exércitos incas, iniciaram a colonização
europeia. Nas primeiras décadas de dominação espanhola a população
indígena foi dizimada pelo contágio de doenças às quais os nativos não eram
imunes, tempo em que os nativos também foram forçados ao trabalho para os
proprietários de terras espanhóis no sistema de trabalho de encomienda. Em
1563, a cidade de Quito foi elevada à categoria de distrito administrativo da
monarquia espanhola.
Independência
Em 1822 forças locais se organizaram e derrotaram o exército monarquista se
unindo à "Gran Colômbia", república fundada por Simón Bolívar, da qual só
veio a separar-se no dia 13 de maio de 1830. A República do Equador é um
dos três países que emergiram do colapso da "Grã-Colômbia" em 1830 (os
outros são a Colômbia e a Venezuela).
O século XIX foi marcado por instabilidades, com rápidos movimentos políticos
e institucionais. O conservador Gabriel García Moreno unificou o país nos anos
de 1860 com o apoio da Igreja católica.
Com o aumento da demanda mundial de cacau, desde o início de 1800,
produziu-se uma migração dos altiplanos em direção à fronteira agrícola da
costa do Pacífico.
Entre 1904 e 1942, o Equador perdeu territórios em uma série de conflitos com
seus vizinhos.
Em 1941, um conflito territorial entre o Equador e o Peru conduziu as partes ao
"Protocolo do Rio de Janeiro" homologado em 29 de janeiro de 1942,
estabelecendo fronteiras provisórias. O estado de guerra perdurou entre os
dois países até 26 de outubro de 1998, quando os presidentes Jamil Mahuad
(do Equador) e Alberto Fujimori (do Peru) assinaram o acordo denominado
"Ata Brasília", pelo qual o Peru concedeu um quilômetro quadrado de seu
território no lugar chamado "Tiwintza", onde 14 soldados do Equador haviam
sido sepultados.
Ambos os países assinaram ainda tratados de comércio e acordos de
navegação pelos quais o Equador tem o direito de navegação irrestrita pelo Rio
Amazonas
Peru:
Quando da chegada do povo espanhol, em 1531, o território peruano era de
domínio da civilização inca, e se centralizava em Cuzco. O Império Inca se
estendia por uma vasta região, que ia desde o norte do Equador até o centro
do Chile. Quando o conquistador espanhol Francisco Pizarro chegou à região,
procurando por riquezas incas, encontrou um império debilitado por uma
recente guerra civil. Este capturou e executou o imperador inca, Atahualpa,
durante a Batalha de Cajamarca, em 16 de novembro de 1532. Em 23 de
março de 1534, Pizarro já havia restabelecido a cidade de Cuzco, porém como
uma nova colônia espanhola.
A constituição de um governo estável foi adiada devido a revoltas dos nativos
contra conquistadores (liderados por Pizarro e Diego de Almagro). Os
espanhóis estabeleceram um sistema chamado encomienda, pelo qual
obrigavam a população local a trabalhar em seu favor, tributando-os e em troca
forneciam-lhes proteção e catequização. O título de toda a terra pertencia ao
rei da Espanha, que a arrendava aos desbravadores. Como governador do
Peru, Pizarro usou o sistema de encomienda para ganhar poderes ilimitados
sobre os nativos, formando a base social da colônia. A população indígena do
Peru era agora obrigada a criar gado, galinhas e trabalhar na plantação e
colheita das culturas agrícolas trazidas do velho mundo.
Em 1541, Pizarro foi assassinado por uma facção liderada por Diego de
Almagro (El Mozo), e a estabilidade do regime colonial foi abalada pela
subseqüente guerra civil. Em (1542) foi criado o Vice-reino do Peru,
abrangendo quase todo o domínio espanhol nas Américas; mas que acabou se
dividindo em 1717 com a criação do Vice-reino de Nova Granada e em 1776
com o surgimento do Vice-reino do Rio da Prata.
Em resposta aos conflitos internos que surgiram na província com a morte de
Pizarro, a Espanha enviou à colônia em 1544 Blasco Núñez Vela, assentado
como o primeiro vice-rei da região. Este acabou sendo assassinado pelo irmão
de Pizarro, Gonzalo Pizarro, mas logo um novo vice-rei foi colocado no poder:
Pedro de la Gasca, que conseguiu restaurar rapidamente a ordem, capturando
e executando Gonzalo.
As cidades incas foram todas rebatizadas com nomes cristãos, e reconstruídas
como vilas tipicamente espanholas, em torno de uma praça e catedral
principais como centro. Poucas cidades incas, como Cuzco, mantiveram a
maioria de suas construções nativas; enquanto outras vilas, como Huanuco
Viejo, foram abandonadas por cidades em menor altitude - mais agradáveis
aos espanhóis. A população indígena diminuiu drasticamente sob o domínio
espanhol, e embora a invasão não tenha sido uma tentativa clara de genocídio,
os resultados foram similares.
Uma vez estabelecido o Vice-reino do Peru, as grandes quantidades de ouro e
prata retirados dos Andes enriqueceram os invasores, fazendo do Peru a
principal fonte de riqueza espanhola em toda a América do Sul.
A cidade de Lima, fundada por Pizarro em 18 de janeiro de 1535 como "Cidade
dos Reis", se tornou a capital do vice-reinado. Tornou-se uma poderosa
cidade, com jurisdição sobre toda a América espanhola. Todas as riquezas
coloniais passavam por Lima, no seu caminho ao istmo do Panamá, e de lá
para Sevilha, Espanha. O resto da colônia era dependente de Lima, num
modelo que se preserva até hoje. Por volta do século XVIII, Lima havia se
tornado uma grande cidade - capital do império colonial - onde havia uma
universidade que abastecia uma elite aristocrática de conhecimento.
Todavia, durante todo este período, os nativos não foram completamente
dizimados. Só no século XVIII houve 14 grandes revoltas nativistas, das quais
as mais importantes foram a de Juan Santos Atahualpa, em 1742, e a de
Tupac Amaru em 1780.
Independência do Peru
A independência peruana foi resultado de um lento processo de
desentendimento entre a elite local (chamada elite criolla) e o Império
espanhol. José de San Martín, da Argentina, proclamou a independência
peruana em 28 de julho de 1821.
A emancipação, que como na maioria dos países, só fez mudar o domínio dos
nativos da esfera real para o controle da elite local, finalmente ocorreu em
dezembro de 1824, quando o general Antonio José de Sucre derrotou as
tropas espanholas na batalha de Ayacucho. A Espanha ainda tentou reaver
suas colônias americanas, como fizeram na batalha de Callao, mas em 1879
acabou por reconhecer a independência peruana.
Disputas territoriais
Após a independência, o Peru e alguns de seus vizinhos se engajaram em
intermitentes disputas territoriais. O maior dos desentendimentos se deu com o
Chile, resultando na guerra do Pacífico (1879-1883). Aliado à Bolívia, e com as
forças armadas em patente desvantagem em relação às forças chilenas, o
Peru acabou derrotado, perdendo a província de Arica, ao sul do país. A perda
do território e a ocupação do país pelos chilenos durante parte do conflito
deixaram marcas na sociedade peruana que permanecem até hoje.
Em 1941, devido às desavenças na formalização da fronteira com o Equador,
houve a Guerra equatoriana-peruana, aplacada pelo Protocolo do Rio. Os dois
países voltaram a travar luta numa breve guerra em 1981, e de novo se
enfrentaram na Guerra do Cenepa, em 1995. Em 1998 os governos de ambos
os países assinaram um histórico tratado de paz que demarcou claramente
seus limites.
No fim de 1999, os governos do Peru e do Chile implementaram o último artigo
litigioso do tratado de 1929 que haviam assinado
Bolívia :
Há indícios de povoadores nestas terras que remontam a mais de 12 mil anos,
desde então foi uma terra de numerosas culturas e povoações, povos, os que
têm habitado aqui, habitados, sobretudo nas zonas altas dos Andes. A cultura
Tiwanaku ou a Wari são alguns dos mais destacados anteriores aos Incas. A
primeira dela estabeleceu-se à volta do Lago Titicaca.
No século XV e XVI, em pleno esplendor da cultura Inca, chegaram os
espanhóis a este região, Diego de Almagro foi o primeiro europeu a chegar a
esta região, por volta do ano de 1537, depois de ter passado pelo Peru,
chegou à Bolívia. Nestes primeiros anos de colonização fundaram-se as
cidades de Collasuyo, originalmente Collao; Sucre, conhecida originalmente
como Chuquisaca, ou Potosí, La Paz e Cochabamba. Três cidades que foram
fundadas neste Século XVI juntamente com outras mencionadas
a n t e r i o r m e n t e .
Os primeiros anos de colonização basearam-se na exploração agrícola da
região, a cidade mais povoada naqueles inícios pós-colombianos foi Potosí,
não sendo em vão que possuía 130 mil habitantes no Século XVI e era uma
das cidades mais povoadas da América do Sul. A exploração mineira e
agrícola seguia em frente sendo uma importante fonte de rendimentos, até a
chegada do Século XVIII, século em que as mesmas se estancam. Já no
século XIX começam as primeiras sublevações, Chuquisaca e La Paz foram as
primeiras delas, e o resultado foi que em 1825 foi declarada a Independência
da República de Bolívar.
Os primeiros anos depois da independência tão pouco foram fáceis, nestes
tempos a revoltas foram-se sucedendo, as guerras civis, revoluções e conflitos
marcaram estes inícios, alianças com o Peru, guerras com o Chile e Argentina,
era um momento de conflitos. No final do Século XIX a Bolívia perdeu a favor
do Chile, o deserto de Atacama, depois da Guerra do Pacífico com o Chile, o
que também propiciou a perda da saída para o mar da Bolívia, quedando-se
por um país de interior, somente .
Em 1904 a paz veio para ficar e a Bolívia, que ficou sem uma saída para o
mar, ficou com uma licença especial para poder usar o Porto Natural, a saída
para o mar do Chile. Mas não foi esse o único problema da Bolívia, pois
também perdeu para o Brasil uma boa parte do seu terreno, assim como para
a Argentina e o Paraguai .
A meados do Século XIX a Bolívia viveu a sua revolução, em concreto em
1951, antes de umas eleições nas quais não podia haver um vencedor, os
militares tomaram conta do poder, pelo que nos anos 60 chegou à crise
econômica, a ditadura militar continuou até princípios dos anos 80, quando a
democracia voltou a estas terras .
Hoje em dia, a Bolívia é um estado democrático com um Presidente, no qual
os seus três poderes estão divididos, regendo-se pela sua constituição de
1967.
Chile
O território atual do Chile, o menos povoado de todo o continente americano,
foi habitado por diversos grupos indígenas antes da chegada espanhola. No
início, estes estavam organizados em grupos tribais nômades, o que se
conhece por sociedade primitiva, evoluindo logo após sua chegada para
sociedades aldeãs sedentárias. Os restos arqueológicos mais antigos do país
foram encontrados em Monteverde, próximo a Puerto Montt e datam de cerca
de 10.500 ac. Alguns restos encontrados na cova Fell, um sítio arqueológico na
Terra do Fogo (região mais austral do país), indicam que a presença humana
remonta de cerca de 7.000 a.C..
As mudanças climáticas do 6º milênio antes de Cristo alteraram drasticamente
os costumes dos paleoindígenas chilenos que tiveram que se adaptar a um
novo contratempo: a formação do deserto de Atacama, ocasionando o
desaparecimento de muitas espécies, e o oceano Pacífico delimitando as
atuais costas marítimas. Estes indígenas tiveram que se adaptar a um clima
muito mais quente do que estavam acostumados, motivo pelo qual muitos se
deslocaram do norte para o litoral e o vale central. Assim, se formaram os
principais grupos indígenos chilenos: atacamenses e aimaras na porção mais
setentrional; diaguitas um pouco mais ao sul; os changos na costa setentrional;
a grande família dos mapuches no vale central até o seno de Reloncaví e os
tehuelches, chonos, alacalufes, onas e yámanas na Patagônia.
De alguns milhares de paleoíndios existentes em VII a. C., a população
aumentou até cerca de 1.200.00 indígenas no século XV. Durante o século XV
a cultura dos povos indígenas foi influenciada pela expansão do império Inca
sobre o norte do atual território chileno, iniciando com o Sapa (Imperador) Inca
Pachacútec, e foi culminada sob a direção dos Sapas Incas Túpac Yupanqui e
Huayna Cápac. Estes últimos avançaram até o sul subjugando a povos
aimaras, atacamenses, diaguitas e picunches; não conseguindo derrotar as
tribos mapuches, estabeleceram finalmente a fronteira meridional do Império
Inca ao norte do rio Maule.
Argentina
A Argentina, oficialmente República Argentina, é um estado soberano
localizado no extremo sul da América do Sul. Seu território está dividido em 23
províncias e uma cidade autônoma, Buenos Aires, capital da nação e sede do
governo federal.[5] Seus quarenta milhões de habitantes dividem bons índices
de desenvolvimento humano, renda per capita, nível de crescimento
econômico e qualidade de vida, que se encontram entre os mais altos da
América Latina.[6] Segundo o Banco Mundial, seu Produto Interno Bruto é o
trigésimo mais importante do mundo,[7] mas, considerando o poder aquisitivo,
seu PIB total transforma coloca do país na 23ª economia mundial.[8][9] Em
2010, a Argentina foi considerada com um país de médio-alto rendimento,[10]
ou como um mercado emergente, também pelo Banco Mundial.[11][12]
Sua área é 2 780 400 quilômetros quadrados, sendo o segundo país mais
extenso da América Latina (atrás apenas do Brasil), o quarto do continente
americano e o oitavo do mundo, considerando somente a sua superfície
continental sujeita à sua soberania efetiva. Se fossem consideradas as Ilhas
Malvinas, Geórgia do Sul, Sandwich do Sul e Aurora (Territórios Britânicos de
Ultramar reivindicados por Argentina), mais a área antártica reclamada ao sul
do paralelo 60° S, denominada Antártida Argentina (que incluem as islas
Orcadas do Sul e Shetland do Sul), a superfície total se elevaria a
3 761 274 km², convertendo-se no sétimo maior país do mundo.[1] Entretanto,
estas reclamações foram afetadas pelo Tratado da Antártida, sendo que sua
assinatura constitua uma renúncia.
Seu territorial continental americano, que abrange grande parte do Cone Sul,
limita ao norte com a Bolívia e o Paraguai, a nordeste com o Brasil, a leste com
o Uruguai e o Oceano Atlântico, e a sul e oeste com o Chile.
O mesmo se encontra posicionado fundamentalmente na costa atlântica do
Cone Sul, ainda que possua dois dos breves setores pertencentes ao Oceano
Pacífico sul: a pequena cunha ao sul da província de Santa Cruz, formada
entre a Punta Dungeness, o Cabo Vírgenes e o Cabo do Espírito Santo; e, de
forma mais extensa, nas águas, costas e ilhas da porção argentina do Estreito
de Beagle, a sudeste da Terra do Fogo.[13]
Em 25 de maio de 1810 foi deposto o último vice-rei espanhol que governou
Buenos Aires, organizando a Primeira Junta, até que em 9 de julho de 1816 foi
proclamada a sua declaração de independência em Tucuman, como estado
livre e soberano
Os primeiros europeus chegaram à região com a expedição de Américo
Vespúcio, que contornou a entrada do Rio da Prata em 1502. Posteriormente,
o navegador espanhol Juan Díaz de Solís, em busca de uma passagem para o
Oceano Pacífico, descobriu o Rio da Prata em 1516, e ao desembarcar no
atual território do Uruguai foi atacado e morto pelos charruas. Os sobreviventes
embarcaram novamente até a Espanha, mas muitos destes naufragaram e se
refugiaram na Ilha de Santa Catarina, atual Florianópolis.
Em 1534 a parte norte da atual Argentina foi entregue a Pedro de Mendoza; a
região que vai do Estreito de Magalhães até o Pólo Sul passava a ser
outorgada a Pedro Sarmiento de Gamboa. Mendoza chegou ao Rio da Prata
em 1536 e fundou o Porto de Santa María del Buen Ayre, em honra à virgem
de Bonaria, da cidade de Cagliari, patrona dos navegantes.
Em 1609 foi fundada a primeira das Missões jesuítas guaranis. As trinta
missões chegaram a ser, no século XVIII, um verdadeiro empório comercial,
um "estado dentro do Estado", como denominavam seus detratores, que se
estabeleceu como um sistema de organização econômica e social distinto ao
das colônias que as rodeavam. Visto o respeito com que os jesuítas tiveram
pela organização social comunitária dos guaranis, conseguiu-se que as
missões tivessem a base do seu crescimento. Em 1767 a Espanha expulsa a
Companhia de Jesus de suas possessões, passando os povos índios a
depender dos governadores civis espanhóis, que os exploraram à revelia, até
ao ponto em que no princípio do século XIX quase todas as missões estavam
despovoadas e em ruínas.
Bairro Jesuíta e Estâncias de Córdoba.
A sociedade colonial apresentou aspectos dissonantes de acordo com a
região. No interior, determinou-se uma sociedade de castas fortemente
diferenciadas: os fazendeiros brancos eram o topo social e centralizados do
poder nas cidades; eram educados e refinados, enquanto os campesinos
mestiços estavam em condições quase servis. A população negra era muito
escassa, reduzida quase em sua totalidade ao serviço doméstico, salvo em
cidades mais mercantis como Córdoba.
A repressão dos indígenas nos vales Calchaquies, a entrega em mita de
muitos deles para trabalhar nas minas de Potosí, o processo de mestiçagem e
a grande aculturação fizeram que as encomiendas dessem lugar a um
campesinato relativamente livre. Na segunda metade do século XVI, tanto o
Alto Peru e Tucumán como o Paraguai exigiam a criação de um porto no
[[Atlântico Sul] para poder estabelecer laços de comércio mais próximos com a
Espanha e diminuir seu isolamento. É por estes motivos — e pela ameaça de
incursões estrangeiras no Rio da Prata — que a Coroa Espanhola autoriza a
segunda fundação de Buenos Aires. Desde então a cidade se converteu na
saída natural dos produtos altoperuanos (entre eles a prata) e do Paraguai.
Estabeleceu-se então, na década de 1580, um lucrativo comércio entre
Tucumán e o Brasil através da cidade.